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TENDINITE/TENDINOSE PATELAR

  • krlavado
  • 10 de fev. de 2016
  • 4 min de leitura

Boa tarde galera!! Carnaval acabou,uns aproveitaram para descansar mas muitos foram pular nos blocos !!! OI?? Ouvi essa palavra?? Então nada melhor do que retornar com esse post que com certeza após esses dias alguns foliões podem estar com essa dorzinha. Simmm, quem disse que só atletas desenvolvem ??

Vamos ao tema de hoje !!!!!

TENDINITE/ TENDINOSE PATELAR

O tendão patelar, que pode ser chamado também de ligamento patelar está localizado logo abaixo da patela e faz a ligação da mesma com a tíbia. É uma região bastante afetada em atletas, principalmente os que possuem muito impacto e saltos, como vôlei, mas muito comum também em corredores. Faz parte do que chamamos de mecanismo extensor do joelho, juntamente com o músculo anterior da coxa (quadríceps) e seu tendão e a própria patela. Com a contração do quadríceps, e com a integridade de todas essas estruturas, ocorre a extensão da perna (estica o joelho).

A tendinite patelar, também conhecida como joelho de saltador é a inflamação deste tendão provocando dor local, a tendinose é uma degeneração sem processo inflamatório, é um estágio crônico e que pode levar em alguns casos À uma ruptura total. Ocorre em função de uma sobrecarga nessa região, fazendo com que desenvolva uma alteração na relação degradação/regeneração levando ao quadro degenerativo. Resumindo, na fase inicial desenvolve uma tendinite no local que causa lesões nas fibras, gera uma inflamação com quadro de dor, e com a progressão da sobrecarga , torna-se crônica e degenerativa mas sem processo inflamatório e o resultado é a tendinose.

Existem alguns fatores causadores: treinamento excessivo, erro na execução dos movimentos esportivos, superfície de treinamento, alterações anatômicas e biomecânicas, desequilíbrios e encurtamentos musculares, entre outros. Alguns autores tem sugerido também que o alinhamento do calcâneo, antepé (parte da frente) e patela estariam associados ao surgimento da tendinite/ tendinose patelar. Esse desalinhamento causaria durante a marcha (andar) uma pronação excessiva do pé, o que afetaria a banda iliotibial (região lateral da coxa),e que levaria a patela a um movimento lateral excessivo, desalinhando o tendão patelar sobrecarregando-o de forma assimétrica. Por isso, sempre indico aos meus atletas quando esse é o caso, tratar essa disfunção como forma de prevenção.

Diversas medidas podem ser feitas para avaliar o desalinhamento patelar, entre elas podemos citar os ângulos de McConnel, Arno e ângulo Q. A partir daí fazemos as correções necessárias.

A dor é relatada na região anterior do joelho, principalmente na parte inferior da patela (local onde ocorre também a condromalácia, já citada em outro post). O início dos sintomas geralmente é gradual, principalmente após atividade física. Com a progressão da lesão, a dor pode aparecer também tão logo a atividade física seja iniciada. Pode ser produzida: pressionando a região ao redor do tendão patelar,descer escadas, rampas ou ladeiras, correr ,caminhar e dobrar ou esticar a perna.

Isso tudo é realizado na avaliação do paciente, quando realizamos também testes mecânicos com movimentos e colocação de carga auxiliam o diagnóstico (diagnóstico mecânico).

Exames complementares como ultra sonografia e resssonância magnética confirmam o diagnóstico. E, na minha opinião, são essenciais para um diagnóstico correto e preciso, já que a dor nessa região pode ter outra causa também.

Logo após a lesão, inicia-se o processo de recuperação do tendão e se dá em 3 fases :

·Fase inflamatória – 1º ao 5º dia.

·Fase de reparo dos tecidos - 3 a 4 semanas após a lesão.

·Fase de remodelação dos tecidos – Após 4 semanas da lesão.

Durante esse período, a fisioterapia torna-se importante, principalmente para os atletas, pois cada fase exige um tratamento específico, que vai desde, da retirada do quadro de dor e processo inflamatório, com crioterapia e eletroterapia, por exemplo, até o fortalecimento do grupamento muscular envolvido, recuperação da propriocepção, alongamentos,kinesiotapping, entre outros tratamentos utilizados. Se houver falha em qualquer uma dessas etapas, a recuperação da lesão fica comprometida, com isso, o tendão não se recupera totalmente e o indivíduo pode voltar a sofrer novas lesões e afastando assim cada vez mais esse indivíduo de sua modalidade esportiva. Sem contar outros fatores que devem ser levados em consideração: tempo de repouso dessa articulação ,quando começar o fortalecimento do tendão e qual carga a ser utilizada, como recondicionar e reabilitar o tendão, quando liberar o tendão para a atividade física ou retorno ao esporte. Lembrando que isso tudo será feito de acordo com o Fisioterapeuta e o Ortopedista, e feito isso, vem a outra etapa que é iniciada pelo próprio fisio e com o personal ou preparador físico. Tudo é feito em conjunto, por uma equipe, sim isso mesmo, até para quem não é atleta, mas que por algum motivo desenvolveu esse quadro, pois o nosso trabalho é esse, diagnosticar, tratar, reabilitar e retornar essa pessoa Às suas atividades.

Então, caso vocês sintam essas dores citadas acima, seja atleta ou não, sugiro que procurem profissionais especializados na área, porque vamos combinar ninguém merece sentir dor não é mesmo!! Eu mesma sendo fisioterapeuta odeioooo , principalmente quando compromete meu trabalho, minha rotina diária e principalmente minhas atividades físicas. É minha gente, a fisio aqui também sente dores e desconfortos igualzinha a vocês ;)

Qualquer dúvida, estou aqui para ajudar.

Beijos da fisio Karla Lavado


 
 
 

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